Nos tempos da purpurina parte II: Ziggy-stylo de ser

kwestPara a alegria das fashionistas (e satisfação do meu ego), vou falar um pouco (ou bastante) de moda. Além de música, “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” também envolve moda e estilo. Roupa, maquiagem e cabelo (nesse caso roupas um pouco estranhas, maquiagem exagerada e um cabelo em chamas), tudo está incluso no pacote. Também temos que incluir nesse contexto a história. Feminismo, direitos dos gays (ser homossexual deixou de ser crime no Reino Unido em 1967), hippies, tudo isso influenciou o mundo e, claro, a moda.

Foi por causa desse lance de moda que veio o nome dessa série de postagens: Nos Tempos da Purpurina. O nome original seria Glitter Times, mas eu estava com pressa. Então, saiu com o nome em português mesmo. Eu ainda ia criar uma escala, o bizarrômetro (de dá para sair no meio da rua sem ser linchado a se tiver amor à sua vida não vista isso!) mas o meu computador me deixou na mão. Não tem mais Office 2010!

Opinião pessoal: não teria coragem de sair no meio da rua com as roupas que se seguirão. O meu “Bowie-style” é Thin White Duke: minimalista ao extremo. Se bem que algumas dessas roupas, combinadas com peças básicas, dá para se sair no meio da rua sem a possibilidade de linchamento. Mas outras, não teria coragem de sair com elas (nem a pau!)…Sim, fica melhor em mim as roupas minimalistas e doentiamente elegantes do Duke. Se bem que em um show da turnê de “Station to Station” (1976) em Londres (não foi naquele show em Berlim no qual a Christiane F. cheira heroína pela primeira vez!) o David apronta essa: fez um strip-tease durante o show. Terminou o show só de cueca, de sapatos e com as famosas pulseiras nupciais (essas pulseiras serviam de aliança de casamento. Alianças originais!). O resto das coisas foram para o espaço (ou melhor, para a plateia)!

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Mas voltando à Ziggy-era… Thin White Duke fica para depois. Vou trabalhar no mesmo esquema: textos com títulos coloridos e juro que não vão ser chatos. Me desculpe se eu fugir um pouquinho do tema (vou fazer isso, vou logo avisando), é só para enriquecer o texto. A maior fonte de imagens foi o site The Ziggy Stardust Companion.

Ser um homem feminino…

Estamos no comecinho dos anos 1970. A moda era ser andrógino. Legal era ser “coluna do meio”: sexualmente indiferenciado. Meninos se vestindo de menina e meninas se vestindo de menino. Sinal dos tempos. David Bowie, ligado em moda desde sempre (o cara foi mod, tem uma foto desses tempos), também entrou de cabeça na onda da androginia junto com sua esposa Angie. Em uma foto que mostra os dois levando o filho deles para passear (coisa que todo casal normal com filho faz), o casal aparece assim: Angie vestida de papai e David vestido de mamãe. Uma completa inversão de papéis. Isso, por incrível que pareça, era verdade: Angie (que mesmo antes do casamento se vestia de homem) não tinha o menor instinto materno e pouco ligava para o filho, enquanto David fazia o papel de mãe. Casal mod total.

Antes que eu esqueça: os mods eram os moderninhos ingleses da decada de 1960. Se vestiam com terninhos, usavam botinhas Chelsea, pilotavam umas motinhas e seus rivais (os rockers) os achavam uns boiolinhas…

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Quando minha irmã que gosta de funk viu isso disse:

– Que marmota é essa?

– É o casal Bowie.

– Mas a mulher tá de homem e o homem tá de mulher? Que diabo é isso?

– Olha, não vou explicar, tá. Era moda. Ponto.

– Que moda engraçada, hein…

– Mas era moda, não discute.

Sair no meio da rua para passear com o filho no estilo “festa do cebola” (homem vestido de mulher e mulher vestida de homem). Isso era café pequeno…

Um exemplo lapidar é a contracapa de “Hunky Dory” (1971). David Bowie, adepto de um fuá básico (fuá é confusão) causou sensação com as músicas (o que é normal) e a arte do disco (que já é estranho). Com seu acessório fashion (o cigarro, na mão que aparece tem um cigarro, mesmo que não dê pra ver) e uma roupa de mamãe riponga ele mostrou que as coisas estavam “hunky dory” para o seu lado (hunky dory é uma expressão inglesa para indicar que as coisas estavam legais, que estava “tudo em cima”). Tô vendo…

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Mais bizarras ainda são as fotos da época do projeto “Arnold Corns” em que o Bowie está muito, digamos, menininha… Quando vi no documentário da BBC, eu não segurei o riso. Para disfarçar, disse para minha mãe que estava vendo um vídeo do Felipe Neto. Ela engoliu, mas estranhou o fato dos diálogos serem em inglês. Essas fotos da época do Arnold Corns são de um único ensaio, pois só houve um (o projeto não foi para frente). O Arnold Corns foi o embrião dos Spiders from Mars.

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Peguei uma nave pra Marte…

Chegou o ano de Nosso Senhor de 1972. Chegou “Ziggy Stardust”. A androginia ainda era a bola da vez. Mas esse lance de se vestir de mamãe riponga já estava fora de moda. A onda era o espaço! Gente indo para a Lua, ficando em órbita, UFOs (mais conhecidos aqui no Brasil como Óvnis, objetos voadores não-identificados), vida em outros planetas, sondas Voyager (uma das sondas foram lançadas em 1977), e coisas do gênero. Ficção científica até o meio da canela! O filme 2001 – Uma Odisseia Espacial influenciou bastante, além da Laranja Mecânica citada no post anterior.

Já que ser mamãe riponga estava fora de moda, Bowie deu uma guinada radical. Inspirado em um de seus amigos que participou do projeto Arnold Corns (Freddi Buretti) resolveu, digamos, mudar. Até Angie entrou na onda. David cortou seus longos cabelos, descoloriu e os pintou de vermelho. Deu certo: a pele pálida de Bowie combinava com o laranja. O resultado abaixo (por Suzi Fussey, cabelereira oficial da Ziggy Stardust Tour):

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E depois o tão famoso vermelho, também pelas mãos de Suzi Fussey. Essa foto de Mick Rock foi tirada na lendária Haddon Hall (da qual eu falei em Um lugar chamado Haddon Hall).

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E vou ter que falar de novo de um assunto que na nossa sociedade ainda é tabu (e para mim também, uma garota católica): sexo. Enquanto escrevia essa passagem do texto, estava ouvindo “Queen Bitch” (a única faixa do Bowie que minha irmã que curte funk gosta, de Hunky Dory, 1971). Se completa a “The Width of A Circle” que eu citei no post anterior: em “Queen Bitch” o eu-lírico é um homem que está num quarto de hotel esperando por outro homem, seu parceiro. Mas o parceiro do eu-lírico saiu com uma queen (no contexto quer dizer uma bicha, é a tradução, gente, me perdoem) e está demorando demais. O eu-lírico é muito ciumento (“Now she’s leading him on/And she’ll lay him right down/Yes, she’s leading him on/And she’ll lay him right down/But it could have been me”. Traduzindo: Agora ela o enrolando/E vai se deitar com ele/Sim, ela está o enrolando/E vai se deitar com ele/Mas podia ser eu). E esse ciúme doentio está o deixando doente. Sente um gosto estranho na boca, mas não está com gosto de nada (nem queira saber que gosto é esse). Está quase pirando e liga para um policial. Mas o que essa música tem a ver com moda, Fashion? Pouca coisa, mas tem. No refrão o eu-lírico diz que a tal “queen” está toda afrescalhada vestida com um vestido de cetim colorido, um casaco de pele e um chapéu que parece ser engraçado e o eu-lírico diz que faz melhor que isso*: (“She’s so swishy in her satin and tat/In her frock coat and bipperty-bopperty hat*/Oh God, I could do better than that”).

Estilo Ziggy de se vestir

Como a temática do disco era espacial, para Bowie unia o útil ao agradável: roupas interessantes (pareciam vindas de um planeta qualquer!) e performances intensas, que uniam rock com teatro e até mímica (vide “The Width Of A Circle”, em Ziggy Stardust and the Spiders from Mars – The Motion Picture na qual Bowie faz a famosa performance da caixa invisível que todo mímico faz e que você, caro leitor, deve ter visto em algum lugar). Principais características das roupas da turnê: coloridas ao extremo, brilhantes, e provocantes. Sim, a maior parte das roupinhas a seguir são provocativas. Lembra que abordei que era legal ser coluna do meio? No fundo, essas roupas eram uma espécie de protesto para ser vestido. Direitos dos gays, o feminismo, as guerras e a corrida espacial estavam sendo discutidos durante aqueles anos. Liberdade sexual ainda era uma espécie de tabu. O povão daqueles tempos era mais travado que a autora desse texto. No fundo Ziggy acabou salvando um pouco o mundo: o deixou um pouco mais colorido. Libertou muita gente. Mostrou que ser diferente é a coisa mais normal do mundo.

Algumas das roupinhas da “Ziggy Stardust Tour” refletem esse lance de sexo: algumas calças que ele usou são justas demais. Segundo uma reportagem da Rolling Stone de setembro de 2012 o verdadeiro propósito de calças tão “acochadas” (como minha mãe diz para roupas justas): “mostravam seu sexo como o centro do seu ser, como o foco do palco”. Não é à toa. Quando vi o clipe de “Rebel Rebel” (1974, depois de Ziggy Stardust) no qual Bowie aparece com uma calça vermelha acochada adivinha qual foi o primeiro lugar para o qual olhei…e não foi para o tapa-olho. O bizarrômetro está apitando alto!

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Nem a banda escapava. Mesmo. Os Spiders from Mars tinham um cabelinho longo e também tinham roupinhas mirabolantes (e bem mais simples, diga-se de passagem) e passavam maquiagem também, mas sofriam menos que o David. Motivo: trocas de roupa. Se com roupas normais a troca é um pesadelo, imagina essas roupas aí em cima (tem mais durante essa postagem). E o tempo de troca era corrido, que nem o tempo dessa autora para escrever as postagens (o equivalente a dez solos de guitarra seguidos, cerca de 5 minutos). David ainda tinha que retocar maquiagem, beber água (senão detonava as cordas vocais), fumar um cigarro (isso detona cordas vocais mesmo)…ufa! Acho que no fundo o David queria ser o Mick Ronson…

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E antes que eu me esqueça de novo, já que me esqueci no post anterior: “Ladies and gentlemen, David Bowie and the Spiders from Mars!”

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Da esquerda para a direita: David Bowie, Mick ‘Woody’ Woodmansey, Mick Ronson e Trevor Bolder. Deveria colocado essa sequência de fotos na postagem anterior…

Falando em Mick Ronson, o duo David e Mick (Ronson, não Jagger) era tido como perfeito: os dois praticamente se completavam, yin e yang (para o azar de Suzi Ronson e Angie Bowie). Tanto no palco quanto fora dele. Quando Bowie “saiu do armário”, Ronson foi praticamente intimado a fazer a mesma coisa, o que não fez por causa da mamãe dele. A química que os dois tinham era uma coisa de louco. Assustadora. Pensava-se que os dois haviam tido um caso durante a turnê. Tinha motivos para que os dois tivessem um caso: como ficavam muito tempo na estrada e longe de suas esposas eles não tinham com quem… você sabe. Só um ao outro…

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Ronson chegou a trabalhar com Bowie novamente em 1992 no disco Black Tie White Noise. No ano seguinte Mick Ronson morreu em decorrência do câncer.

Voltando para a moda…A primeira roupinha foi feita por um amigo de Bowie, Freddi Buretti (que era alfaiate), citado lá em cima. As roupas do início da turnê eram feitas por Natasha Korniloff. Ela fez algumas das roupas como as do show no Rainbow Teatre (do qual eu falarei no post da semana que vem) e do 1980 Floor Show. Vou ter que reprisar uma foto no post que vem. Outras que colaboraram com o guarda-roupa de Bowie foram a própria Suzi Fussey (que fazia cabelo e roupa) e até a Angela Bowie colaborava. Inclusive o macacao aberto até o umbigo da capa do disco “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” foi feito pela Natasha Korniloff. A maioria das peças do começo da turnê eram macacões estampados e coloridos. Bem para cima!

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Depois de uma trip crazy em Nova York o David conheceu o estilista Kansai Yamamoto. Aí a terra tremeu! Não, não teve um terremoto durante show (não que eu saiba, mas no Japão tem terremoto quase todos os dias). O estilista nipônico presenteou Bowie com duas roupas de palco (a minha tradução de costumes) que foram usadas durante a turnê americana. E teria uma turnê japonesa. Kansai fez nove roupinhas de palco para a turnê na Terra do Sol Nascente e que foram utilizadas na segunda turnê no Reino Unido. Ele radicalizou ao extremo as roupas da turnê Ziggy Stardust: uma combinação de sci-fi (a boa e velha ficção científica) e do teatro kabuki e das peças do teatro Noh (as duas manifestações artísticas são japonesas). Tipo um samurai do espaço, sei lá (que é a legenda da primeira foto). Estilo flamboyant total. A coisa mais excitante desde os Beatles.

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Que tal um calendario Ziggy Stardust? Por incrivel que pareça, realmente existiu! Em 1996 Mick Rock (fotógrafo oficial da turnê mais doida de todas!) fez isso com algumas fotos da turnê “Ziggy Stardust”. Mostra a “evolução” da turnê: dos macacões coloridos às peças mais doidas ainda. Resultado abaixo (pessoalmente eu compraria esse calendário):

Na ordem: Bowie da capa (sessão de fotos para o disco Pin Ups, 1973);Bowie de janeiro (Birmingham, março de 1972, primeiro dos shows de Bowie fotografado por Mick Rock); Bowie de fevereiro (sessões para a capa de Space Oddity, abril de 1972); Bowie de março (UK Ziggy Stardust Tour, maio de 1972); Bowie de abril (Oxford Town Hall, junho de 1972);  Bowie de maio (Beverly Hills Hotel, outubro de 1972); Bowie de junho (US Tour, outubro de 1972); Bowie de julho (Videoclipe de Space Oddity, dezembro de 1972);  Bowie de agosto (Camarim da Aladdin Sane Tour, maio de 1973); Bowie de setembro (Aladdin Sane Tour, junho de 1973);  Bowie de outubro (Leeds Rolarena, junho de 1973); Bowie de novembro (Leeds Rolarena, junho de 1973); Bowie de dezembro (1980 Floor Show, outubro de 1973).

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Só para terminar o assunto roupa: para se economizar um tempo em alguns momentos do show (ou gig, vou falar mais de gig) Bowie ficava descalço. Economizava o tempo suficiente de se fumar um cigarro. Sim, economizava pouco tempo, mas era alguma coisa. Melhor pouco tempo que tempo nenhum.

Estilo Ziggy de se maquiar

Antes de ficarem morrendo de achar graça das roupas, não podemos nos esquecer da maquiagem! Minha irmã fica rindo toda vez que eu mudo o tema do computador (meu notebook tem Aero, dá para mudar o tema). Criei um tema “Ziggy Stardust” com alguns papéis de parede de fotos que eu achei na Internet (ficou muito legal, vou postar no meu Skydrive):

— Ele tem um galo na testa?

— Quê?

— Essa parada esquisita que ele tem na testa.

— Ahh… Mulher, não sei.

O tal “galo na testa” a qual ela se referiu tem um nome: Love jewel, a joia do amor (segundo outros autores, é uma astral sphere, uma esfera astral; escolha o nome!). Influência de Calvin Mark Lee, um amigo (que havia pegado a Angie antes do Bowie). Essa tal joia do amor começou a aparecer na turnê japonesa de “Ziggy Stardust”. Como nem eu entendi direito para que serve, vamos pular para a parte da maquiagem em si.

Bowie antes de ser cantor, é ator. Tá, ele fez uns filmezinhos ruins e outros legais (Fome de Viver é massa). Aprendeu com Lindsay Kemp, um mímico abstrato e instrutor de dança técnicas de maquiagem (de mímico) e de como-se-mexer-no-palco-de-uma-maneira-mais-legal-que-o-Mick-Jagger. A maquiagem de Ziggy é inspirada tanto no teatro kabuki japonês (se você nunca viu: os atores do teatro kabuki pintam seus rostos de branco) quanto no passado de mímico de Bowie. No documentário da BBC que eu estava assistindo (David Bowie and the Story of Ziggy Stardust, de 2012) mostra um pouco essas influências. E mostra umas cenas de um filme chamado “The Image” no qual Bowie é um menino-fantasma (é, fugi do tema…); de uma peça chamada “The Looking Glass Murder” (que deve ter passado na BBC, pois a imagem era muito boa),no qual Bowie contracena com Kemp, uma propaganda e finalmente a consagração: Space Oddity.

Nas palavras do Bowie: Sou um ator. Interpreto papéis, fragmentos de mim” (1972). E sem maquiagem o personagem não vinha (ou se vinha, não vinha direito). A maquiagem era levada tão a sério que Bowie chegava antes de todo mundo (às vezes até que os fãs) só para se maquiar.

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Para ter uma ideia da complexidade da maquiagem: no fim da turnê “Ziggy Stardust” duas horas eram necessárias para ser feita. No começo da turnê o tempo de make-up era quase zero, pois era o próprio David que a fazia. E as coisas eram complicadíssimas: fazer a tal love jewel (ou astral sphere), empalidecer mais ainda o rosto já pálido de David Bowie, retocar durante o show…Ah! deveria levar qualquer maquiador ao desespero. Mas o Bowie tinha o seu próprio maquiador dos sonhos (em 1973): Pierre La Roche, da House of Arden. Ele fez a icônica e mega copiada imagem do raio na capa do disco “Aladdin Sane”. Segundo Pierre: “Ele tem um rosto perfeito para se maquiar, sabe. Ele tem traços delicados, bochechas altas e uma boca muito boa. Tenho que tomar cuidado, porque a pele dele é muito delicada e algumas das bases que eu uso são muito fortes.” (1973). E apesar de ter glitter no make-up, não tinha glitter demais. Motivo: glitter cai no olho. E se cai no olho pode atrapalhar.

Moda, moda, moda…

Essa persona artística de David Bowie foi a que mais influenciou o mundo da moda.  Um dos meus estilistas favoritos, o Alexander McQueen, tinha algumas peças influenciadas por Ziggy Stardust. O mr. McQueen fazia umas criações muito bizarras, mas muito legais.

A Lady Gaga (ela mesmo!) segundo um amigo meu no Facebook foi muito influenciada por David Bowie. É mesmo. Essa foto comprova. Principalmente na maquiagem que demora duas horas para se fazer e dois dias para se tirar.

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Em dezembro de 2011, na véspera dos 40 anos do disco “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” a Vogue Paris colocou Ziggy na capa. Na verdade foi a Kate Moss, mas ela estava no Ziggy-style. Até aparece uma âncora no pulso da Kate, inspirada em um clipe da época de “Aladdin Sane”. No original, a tal âncora aparece na bochechinha do David. Não acredita? Olha aí.

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Faça-você-mesmo sua roupinha de Ziggy Stardust

Agora, um projeto faça-você-mesmo. Naquele site (o The Ziggy Stardust Companion) vi um molde legal de “faça-você-mesmo-um-collant-estilo-Ziggy-Stardust” e tentei copiar. Como não sei manejar linha e agulha com precisão (é para isso que serve a máquina de costura!) e nem como trabalhar com moldes não tentei fazer sozinha. Mas é uma dica maneira. Retiradas da revista Rock Scene, agosto de 1974 páginas 54-55.

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Espero que tenham gostado dessa postagem. Deve ter sido glitter demais para vocês. Tive que digerir todas as referências citadas no texto. Do teatro kabuki japonês à ficção científica até os miolos. Da Laranja Mecânica ao Bowie-fantasma, dos sonhos elétricos à chanson francesa… mas aprendi bastante. Foi bem enriquecedora essa postagem.

Na postagem que vem de “Nos Tempos da Purpurina” vou falar dos shows da “Ziggy Stardust Tour”, de uma polêmica, de shows nos anos 1970 e muito mais. Então…Oh, wham bam, thank you, ma’am!

P.S: Notaram o nome K. West lá no começo? Ali embaixo tem um raio!

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2 comentários em “Nos tempos da purpurina parte II: Ziggy-stylo de ser”

  1. Menina, que post FANTÁSTICO!

    Sou fã assumida do Bowie minha mãe descobriu ele no filme LABIRINTO, ai já viu né? Virou fã e aí a família toda foi atrás e ela foi nos 2 shos que eele fez no Brasil… ô inveja!, fiquei impressionada com os detalhes do Ziggy… parabéns pelo trabalho!

    Já ganhou uma seguidora! 🙂

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