Nos tempos da purpurina parte IV: Um cara insano, Transformer, Pin Ups e afins

kwestNesse último post da série “Nos tempos da purpurina” vou tratar dos outros discos da “Ziggy-era”: Aladdin Sane (1973), Pin Ups (1973), Transformer (1972), Diamond Dogs (1974), Station to Station (1976) e Ziggy Stardust and the Spiders from Mars – The Motion Picture (1983). Já falei de disco, roupa e maquiagem, shows intensos e só faltava os discos relacionados. Os textos tem os títulos nas cores das capas de cada disco.

Eu ouvi cada um dos discos, sério. Aladdin Sane e Pin Ups se completam a Ziggy Stardust: Aladdin fala da loucura (o Ziggy pirou depois de um tempo, por causa do sucesso, eu disse isso na primeira parte de “Nos Tempos da Purpurina”) e Pin Ups é um disco das músicas favoritas de Bowie só que com arranjos mais arrojados e algumas versões chegam a superar as originais (exemplo: as faixas “Rosalyn”, “I can’t explain” e “I Wish you Would”), que simboliza as influências de Ziggy Stardust.

Transformer, apesar de não ser de David Bowie (é de Lou Reed) é um disco fundamental do glam rock e foi o que salvou um pouco o rock dos anos 1970. Lou Reed fez parte do Velvet Underground, uma das bandas mais influentes dos anos 1960 e uma das favoritas de David Jones (tô falando do Bowie). Depois de um primeiro disco solo massacrado pela crítica, Lou contou com a ajuda de Mick Ronson (guitarrista do Spiders from Mars) e de David Bowie para gravar alguma coisa. Ronson produziu o disco e tocou guitarra, enquanto Bowie contribuiu com os backing vocals. O resultado foi super elogiado pela crítica.

Diamond Dogs tem a temática do livro “1984” de George Orwell e deveria ser um musical. Mas já que a viúva de Orwell não aceitou ceder os direitos para a produzir a peça, com o material que tinha Bowie gravou um disco. Nesse disco vemos a imagem da Hunger City e de Halloween Jack com sua namorada num futuro cheio de “pulgas do tamanho de ratos e ratos de tamanho de gatos”. Poderia virar um musical daqueles, inesquecível, mas a Sonia vacilou…

Station to Station é completamente anti-Ziggy: mostra a última grande persona artistica de David Bowie, Thin White Duke. O Duke era o Ziggy às avessas: se vestia de maneira simples e elegante, mas era cruel e sem coração. Nas palavras de Bowie: “um super-homem ariano” (1976). Sei disso David, mas para mim é o lado preto e branco de Ziggy Stardust.

De Ziggy Stardust and the Spiders from Mars – The Motion Picture vou praticamente repetir o que falei sobre o “The Retirement Gig”.

Vai ser no mesmo esquema do primeiro post: as músicas estão no meu Skydrive. Clique na capinha de cada disco (capa, gente!) que vai para o link de cada disco no meu Skydrive. Não vou citar música, vai ficar longo e cansativo.

Aladdin Sane

Um cara insano* (Aladdin Sane é na verdade, A lad insane*). Esse disco de David Bowie é um dos mais marcantes que ele fez e não é à toa. O show começa logo na capa: a clássica imagem do raio transpassando o rosto de Bowie (maquiagem de Pierre La Roche) é uma das mais famosas imagens do rock (Admito que eu tentei fazer o raio no meu rosto, mas ficou invertido pois sou canhota). Continua no encarte. E termina no disco: com faixas com a temática da loucura e da insanidade mostra que ninguém é normal, por mais que queira parecer. Involuntariamente, esse é o disco que mais se parece com esse blog. Afinal, “ninguém é tão normal quanto parece”. Nas palavras de Bowie “É o Ziggy conhecendo a fama…um Ziggy falando sobre a América, minha interpretação do que a América significa para mim” (1973). Se você viu o primeiro post, ao ficar famoso Ziggy perdeu a sanidade. Logicamente, para Bowie (naquela época) a América é uma terra insana, de gente insana. Acho que a opinião dele não mudou muito, não. Em uma gravação mais recente (de 1997) o Bowie canta: “I’m afraid of Americans” (tenho medo dos americanos).

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Embaixo, info do disco:

Produzido por: David Bowie & Ken Scott para MainManEngenharia: Ken Scott & Mick Moran

Arranjos de: David Bowie & Mick Ronson

Staff:

David Bowie: vocais, violão, gaita, saxofones
Mick Ronson: guitarras, piano, vocais
Trevor Bolder: baixo
Mick Woodmansey: bateria
Mike Garson: piano
Ken Fordham: bux: saxofones, flautas
Juanita “Honey” Franklin / Linda Lewis / Mac Cormack: backing vocals
Estúdio: Trident Studios, Londres, Reino Unido.

Eu gosto demais das faixas “Panic at the Detroit” (tem uma levada interessantíssima), “The Prettiest Star” (essa faixa foi cantada por David pelo telefone para Angie e foi seguida por um “Do you want marry me?”, quer casar comigo?), o cover de “Let’s Spend the Night Together” dos Stones, “Time” (na qual Bowie interpreta: tem uma hora que faz uma voz aguda que é demais), “The Jean Genie” (que tem um clipe gravado nas ruas de Londres que é legal) e “Lady Grinning Soul” (a introdução no piano é maravilhosa). Inclusive no momento em que estou escrevendo esse texto estou ouvindo “Panic at Detroit”. Para mim essa faixa é wunderbar! (maravilhosa).

Pin Ups!

Apesar de ser um disco de covers, é um disco de covers que tem faixas em que a versão fica melhor que a original. É um disco ensolarado e cheio de vida, alegre da primeira a última faixa. Um outro disco de covers que eu gosto demais é “The Stonewall Celebration Concert” do Renato Russo (1994). Nesse o Renato canta suas músicas favoritas. O interessante: não soa como Legião Urbana.

Em “Pin Ups” o David e toda a sua trupe saem de Londres e vão para um castelo na França para gravar: em Chateau d’Herouville, um estúdio recomendado por Marc Bolan. E não é que o som mudou? Nesse disco há versões de músicas do The Pretty Things (Rosalyn e Don’t Bring Me Down), do Them (Here Comes the Night), do The Yardbirds (I Wish you Would e Shape of Things), do Pink Floyd (See Emily Play), do The Who (I can’t Explain e Anyway, Anyhow, Anywhere), do The Mojos (Everything’s Alright), do The Kinks (Where Have All the Good Times Gone), do The Easybeats (Friday on my Mind), do Mccoys (Sorrow, a baladinha do disco) e duas que não entraram na versão original, mas que entraram no relançamento da RYKODISC, de 1990: uma versão de Bruce Springsteen (Growin’ Up) e uma versão em inglês de uma canção do francês Jacques Brel (Port of Amsterdam). Eu ouvi as versões e as originais.

Info do disco (já tá ficando chato a pessoa inserir informações técnicas…):

Produzido por: David Bowie & Ken ScottEngenheiro de som: Denis Blackeye

Arranjos: David Bowie & Mick Ronson

Staff:
David Bowie: vocais, sax alto & tenor, guitarra, gaita, sintetizador Moog
Mick Ronson: guitarras, piano e backing vocals
Trevor Bolder: baixo
Mike Garson: grand piano, teclado, órgão & harpa
Aynsley Dunbar: bateria
Ken Fordham: sax barítono                                                                                                        
Mac Cormack: backing vocals

Estúdio: Chateau d’Herouville, França.

E como não poderia deixar de ser, a capa de qualquer disco do David Bowie dos anos 1970 é um espetáculo: Bowie aparece na capa ao lado de Twiggy, modelo britânica da qual eu falei lá no primeiro post, que pode ter inspirado o nome “Ziggy”. Fotos por Mick Rock.

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As minhas faixas favoritas desse disco são: “Rosalyn” (ficou mais legal do que a original, admito), “Here comes the Night” (música de dor de corno) “I Wish You Would” (uma versão esperta e cheia de sonoridade), “I Can’t Explain” (uma versão sexy e muito fodona), “Friday on my Mind” (o que no fundo todo mundo tem, todo mundo pensa na sexta) e “Sorrow” (momento música lenta do disco).

Tranformer

Esse disco foi o que salvou a alma de Lou Reed. Salvou mesmo, porque depois disso Lou gravou um disco conceitual: “Berlin” (1973). Mas vamos nos concentrar no Transformer (o primeiro Transformer da história!).

Em 1971 o primeiro disco solo de Lou Reed (Lou Reed) havia sido detonado pela crítica. Motivo: o som era diferente do Velvet Underground. O Velvet era super-cult, já Lou fora do Velvet era super-m….

Então Lou foi para Londres ao lado de sua namorada para gravar no lendário Trident Studios. Mick Ronson se juntou à trupe de Lou e chamou Bowie para ir junto. Mas no começo das gravações estava perto de o couro comer: Bowie e Ronson queriam de um jeito, Lou queria de outro. Mas os três se entenderam e as gravações foram às mil maravilhas.

O disco estourou e ficou entre os 30 melhores dos EUA. Foi a primeira gravação de Lou Reed a estourar. “Walk on the Wild Side”, o single do disco, foi muito tocado nas rádios. E o pessoal que trabalhou para que esse disco ganhasse vida:

Produzido por: Mick RonsonStaff:                                                                                        Lou Reed – guitarra, teclados, vocais                                                                                          Herbie Flowers – baixo, contrabaixo, tuba em “Goodnight Ladies” e “Make Up”                                                                                 Mick Ronson – guitarra, piano, flauta, vocais, arranjos de cordas*  John Halsey – bateria                                                               Ronnie Ross – saxofone barítono em “Goodnight Ladies”

Músicos Adicionais

David Bowie – backing vocals                                                 Thunderthighs – vocal de apoio                                                Barry DeSouza – bateria                                                                                         Ritchie Dharma – bateria                                                                                   Klaus Voormann – baixo                                                                                               Ken Scott – engenheiro

Estúdio: Trident Studios, Londres, Reino Unido

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Apesar de eu não ser muito fã do Lou eu gostei desse disco. Não é porque o Bowie faz os backing vocals, não! É porque é consistente e sem muita enrolação. E vai direto ao assunto. Eu gostei de “Vicious”, “Andy’s Chest” (o peito do Andy, nesse caso Andy Warhol), “New York Conversation” e, claro “Walk on the Wild Side”! Não ficou numa posição legal no 500 Greatest Albuns of All Time, da Rolling Stone, mas tá valendo.

Keep Calm, Diamond Dogs rule, OK!

Depois de um sucesso retumbante com “Aladdin Sane” David tentou novos ares. Chamou uma nova banda e queria fazer um musical inspirado em “1984” do George Orwell. Não deu. A viúva de George, Sonia Blair, não queria que a obra-prima do seu marido fosse adaptada para o teatro pelas mãos do David.

Com o material que tinha, dava para gravar um disco. Então Bowie resolveu reinventar a obra de Orwell à sua maneira. Reinventou mesmo: a Londres de “1984” virou Hunger City (muito mais doidona que Londres), Winston Smith virou o Halloween Jack, um “real coal cat” (lembrei de “Gimme Shelter”, dos Stones: “burns like a real coal carpet”) e assim por diante…

Mesmo que na capa do disco Bowie aparecesse completamente Ziggy e que Diamond Dogs ainda seja glam, prenuncia um dos movimentos mais marcantes do rock: o punk. E tome ficha técnica!

Produzido por: David Bowie, Tony Visconti e Keith HarwoodStaff:

David Bowie – vocais, violão, saxofone, sintetizador Moog , Mellotron, produtor, engenheiro de mixagem                               Earl Slick – guitarra em “Rock ‘n’ Roll with Me”                         Mike Garson – teclados                                                        Herbie Flowers – baixo                                                                                       Tony Newman – bateria                                                                                       Aynsley Dunbar – bateria                                                          Alan Parker – guitarras em “1984”

A capa, feita pelo pintor holandês Guy Pellaert, é um pouco bizarra (um pouco é ironia): na capa há duas prostitutas rindo (meio gente, meio buldogue) e na frente uma criatura meio cachorro, meio Bowie. Tá, é uma pintura, mas o original seria essa pintura só que o Bowie do jeito que veio ao mundo. S.O.S! Desculpa se tive que repetir imagem, mas é um recurso para destacar.

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As minhas faixas favoritas de “Diamond Dogs” são as seis primeiras (equivalente ao lado A): “Future Legend” é somente uma introdução falada na qual Bowie nos situa na Hunger City, controlada pela Diamond Dogs (uma espécie de Big Brother que manda em tudo). A faixa-título nos situa dentro da história, porque isso não é rock’n’roll, é genocídio* (“It’s ain’t Rock’n’roll, it’s genocide”*). “Sweet Thing”, “Candidate” e a reprise de “Sweet Thing” são três faixas inseparáveis super boas. “Rebel Rebel” é uma faixa ainda glam, cujo tema é a ambiguidade sexual (algo que o Bowie tinha bastante: era um divertido jogo de “ele é ou não é?”). Tem um disco derivado, “David Live”, lançado em 1974. Disco duplo e um pouco estranho, admito. Eu falei que o David se livrou do penteado Ziggy. Na capa de “David Live” está o resultado. Se eu tiver paciência vou fazer uma crítica mais elaborada desses dois discos.

David Live Disc 1

You drive like a demon from station 2 station

Depois de um disco de sucesso, “Young Americans” (1975) no qual até o John Lennon fez backing vocals em “Fame” e o Bowie mandou seu passado glam para o espaço resolveu dar uma de Soul Boy, e de um filme de peso (o primeiro!) “O Homem que Caiu na Terra” (1976) no qual o David faz o alienígena/homem de negócios Thomas Jerome Newton (o cara se fode legal), era hora de voltar a gravar.

Mas não temos muitas informações de como as gravações de “Station to Station” rolaram por causa do crescente vício em cocaína de Bowie que jura não se lembrar de nada das gravações. Nem mesmo o povo que trabalhou com ele lembra. E o pessoal está nessa caixinha.

Produzido por: David Bowie e Harry MaslinStaff:

David Bowie – vocais, violão,  saxofone alto e tenor, sintetizador Moog , Mellotron                                                                  Carlos Alomar – guitarra                                                                                    Roy Bittan – piano                                                                                    Dennis Davis – bateria                                                                                       George Murray – baixo                                                         Warren Peace – backing vocals                                                                                      Earl Slick – guitarra

Estúdio: Cherokee Studios, Nova York, EUA

Em “Station to Station” vemos a última grande persona artística de David Bowie ganhar vida (uma vida curta, mas é uma vida): o Thin White Duke. Um homem vazio (gelo mascarado em fogo) interessado em cabala, misticismo, até no cristianismo (durante a turnê desse disco Bowie se apresentava com um crucifixo dourado no pescoço) que cantava canções de amor insossas. Alguns acham que é uma extensão do Thomas Jerome Newton do filme que numa parte grita por sua Mary-Lou (sua amante). Muitos classificam “Station to Station” como um álbum de canções de amor. Essa persona (Thin White Duke) se tornou uma espécie de apelido para o David Bowie. A capa e a contracapa do disco remetem ao filme “O Homem que Caiu na Terra” (vi esse filme, sério!). A capa é da cena em que o Tommy mostra sua nave espacial. A contracapa mostra um dos passatempos de David durante as gravações do filme: desenhar símbolos da cabala. Muito antes da Madonna.

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Foi esse disco que me introduziu no mundo de David Bowie (a maioria entra por causa de Ziggy Stardust ou Aladdin Sane), e por isso eu gosto de quase todas as faixas. A faixa-título, apesar da introdução ser longa e meio chata, é uma das minhas favoritas de toda a discografia do David porque me fisgou de uma maneira que poucas músicas haviam feito antes (fisgou mais forte até que algumas faixas da minha banda favorita, a Legião Urbana!): é uma batalha pela alma de alguém e nesse caso é a do Duke que está em jogo. “Golden Years”, outro momento Angie (o primeiro é “The Prettiest Star”), é uma baladinha romântica, para dançar agarradinho. “TVC 15” que é sobre como um cara se sente depois de ter sua namorada raptada pela televisão holográfica é alegre, mesmo que o disco inteiro seja depressivo.

Como “Diamond Dogs” esse disco também gerou um disco derivado: “Christiane F.: Wir Kinder vom Bahnhof Zoo (Soundtrack from the Motion Picture)”, lançado em 1982. Uma pergunta: o que a Madonna e a Christiane F tem em comum? As duas viram shows da turnê de Station to Station. Motivo: depois de um show de David Bowie da turnê de “Station to Station” enquanto a Madonna virou a Madonna, Christiane F. cheirou heroína pela primeira vez. E porque eu disse que a trilha sonora de “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída…” é derivada de “Station to Station”? Três das seis faixas desse disco entraram na trilha sonora do filme: Station to Station (em uma versão ao vivo, já que a música é citada no livro), TVC 15 (a versão do single, um pouco mais curta que a do disco) e Stay (que nem aparece direito no filme). O disco tem duas capas, acho mais legal a segunda, que está aí embaixo.

Christiane F.: Wir Kinder vom Bahnhof Zoo (Soundtrack from the Motion Picture)

Farewell Ziggy

O último suspiro de Ziggy Stardust foi dado no Hammersmith Odeon em 1973 (falei no post anterior, né?). Mas o registro em áudio do show foi lançado oficialmente somente em 1983 junto com a versão em VHS do show. Em 2003 o filme foi relançado em DVD junto com uma edição em CD. O audio havia sido lançado antes em um bootleg, “His Master’s Voice”.

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O disco deveria ser lançado antes (em 1974) mas por causa de “Diamond Dogs” e “David Live” (primeiro registro ao vivo de algum show do David Bowie) foi lançado mais tarde. Motivo alegado: a qualidade do som não era das melhores. Tiveram que dar uma editada no material em estúdio. E tiveram que editar de novo em 2003.

Produzido por: David Bowie, Mike Moran e Tony Visconti           Ken Scott – engenheiro de gravaçãoStaff:

David Bowie – violão, vocais, saxofone, gaita                            Mick Ronson – guitarra base, baixo, vocais de apoio                Trevor Bolder – baixo                                                                                      Mick Woodmansey – bateria                                                     Mike Garson – piano, Mellotron, órgão                                       Ken Fordham – saxofone alto, tenor e barítono                         John Hutchinson – guitarra rítmica, backing vocals                                                                                           Brian Wilshaw – saxofone tenor, flauta                                      Geoffrey MacCormack – backing vocals, percussão

A capa do disco não poderia ser feita hoje em dia: mostra Bowie fumando. Ele tinha feito essa cena do cigarro em outras capas como em Young Americans (1975) e na coletânea Changestwobowie (1982). Logo no começo do filme mostra o take do cigarro que entrou na capa, que é na parte do David se preparando para o show. A contracapa do DVD é mais legal. Mostra uma sequência de 16 fotos em que o David aparece fumando nas quatro primeiras e as outras são consumidas pelo fogo que sai do seu cigarro. A contracapa do disco mostra uma das últimas fotos, completamente consumida pelas chamas.

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Com um set misturando os maiores hits de Bowie até então e faixas de “Ziggy Stardust”, “Aladdin Sane” e covers de Lou Reed, dos Stones e de Jacques Brel, Ziggy Stardust se despediu.

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Eu devia ter colocado essa imagem no post anterior, mea culpa…#Farewell Ziggy

As minhas favoritas desse disco são “Hang on to Yourself” (mais animado que o Aquecimento das Maravilhas), “Ziggy Stardust” (no show tem a troca de roupa mais ligeira da turnê e feita no palco!), “Wild Eyed Boy From Freecloud/All the Young Dudes/Oh! You Pretty Things” (um medley dos mais legais do disco), “Space Oddity” (eu comecei a chorar nessa parte), “Width of a Circle” (no qual tem a performance de mímica), “Suffragette City” (uma das minhas favoritas de qualquer jeito!), e “Rock ‘n’ Roll Suicide” (que eu chorei de novo).

Vai ter um post bootleg que é como seria se Ziggy Stardust tivesse acontecido hoje em dia. E o processo criativo das postagens da série “Nos Tempos da Purpurina” com todas as fontes que pesquisei para compor a primeira série do Longe D+. Os outros discos do David Bowie que vem antes de “Ziggy Stardust”, os vídeos que assisti, e minhas impressões sobre esse trabalho do “The Actor”. Então…Oh, wham bam, thank you, ma’am!

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Uma consideração sobre “Nos tempos da purpurina parte IV: Um cara insano, Transformer, Pin Ups e afins”

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