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Uma adolescente como outra qualquer. Só que eu gosto de escrever, assistir filmes, ouvir boa música e ler.

Pogo poguinho

Como vou fazer um trabalho sobre o punk rock, os Beatles e o pessoal mod, vou escrever coisas relacionadas a eles no meu blog.

Primeiro, vou falar da dança doida que punks faziam: o pogo!

“Num show no Manchester Free Trade, uma espécie de mercado público em Guadalupe, em 75, John Beverly resolveu pular e socar quem estivesse por perto. Poderia ter ficado naquilo mesmo, ele apanhava de uns dez e o baile continuava. Mas a plebe era rude e o pogo começou e não parou até hoje. John Beverly era Sid Vicious, o pior baixista da melhor banda punk, o Sex Pistols. Era boa gente, até que matou a namorada Nancy Spungen e depois morreu de overdose.”

Esse conteúdo é do Momento Rock.

E tome música urbana!

 

 

 

 

Eu já falei do meu livro favorito, e compartilhei minha opinião sobre “Crepúsculo” (meti o pau com gosto de gás, peguei pesado, mas despejei a minha opinião). Agora, vou falar do que eu gosto de ouvir. Eu gosto de ouvir rock, o que me causava um certo desconforto na escola. Mas também gosto de ouvir coisas que noventa por cento da humanidade ouve. Afinal, somos um pouco produtos da cultura pop.

Pode acreditar: eu gosto da Lady Gaga. Eu gosto das músicas dela, mas dos clipes nem tanto. Sério, eu tenho alguns recortes dela, inclusive do clássico vestido de carne e coisas que muito fã não consegue.  Pra ter uma ideia, eu ia comprar além do meu disco do Capital (que comprei no vestibular) o disco “The Remix” (só remix da Lady Gaga), mas o dinheiro não fechou. E tenho até foto da encarnação civil (e sem nenhum tipo de tintura) de Stefani Joanne Angelina Germanotta. Eu li numa reportagem da Rolling Stone com ela as preferências musicais dela: ela curte Iron Maiden (não entendi). E esse lance da rivalidade dos fãs de Madonna com os little monsters (os fãs da Lady Gaga) é besteira. Então, “Just Dance”.

Outra coisa que gosto muito de ouvir: Rihanna. Sim, a cantora cujo nome civil é Robyn e Rihanna significa “manjericão doce” em árabe. Sério, eu gosto de pop. Eu tinha música que a maioria dos meus colegas de escola tinha inveja. Mas voltando à Rihanna: ela vem de Barbados, uma ilhazinha no Caribe. Eu gosto das músicas dela e do fato que ela tem atitude. Uma vez, uma associação de pais queria censurar um clipe e olha o que a Rihanna falou: “Sou uma estrela do rock e não tenho filhos. Por que querem que eu aja como uma mãe?”. Parabéns, além do clipe ser massa (o clipe a que me refiro é “Man Down”), ela teve atitude pra dizer que não precisava agir como uma mãe, afinal ela não tem filhos.

Eu também gosto muito de Beatles. John Lennon não deveria ter morrido, ele tinha tanto para viver! A música dos Beatles começou como o Justin Bieber, música pra adolescentes que se esgoelavam por eles (mas aí comparar os Beatles com o Justin Bieber é sacanagem), mas diferentemente do menininho canadense que tem uma voz feminina e quer se meter em confusão de toda e qualquer espécie, os Beatles mudaram o mundo. Aproximaram o rock de outros ritmos (quem ousaria colocar uma cítara indiana em uma canção?), faziam letras instigantes e fáceis, e inventaram o conceito de artista pop de hoje em dia. O Paul McCartney e o John Lennon fizeram muita música boa depois que os Beatles acabaram. O cover do John para “Stand by me”, “Jealous Guy” e “Imagine” são maravilhosas, recomendo. O dueto (improvável, juro) do Paul com o Michael Jackson em “Say, say, say” e “Bands on the run” são na minha opinião demais. E é impossível escolher uma música dos Beatles só. Sempre fico em dúvida qual é a melhor. As minhas favoritas são “Lucy in the Sky with Diamonds”, “Yesterday”, “She Loves You”, “Penny Lane”…

E os Rolling Stones? Os Stones são muito legais, são os tiozinhos mais maneiros da história. É a banda em mais tempo na estrada, quem diria? Eles influenciaram praticamente todas as bandas do mundo. Eu tenho no computador uma clássica, “Jumping’ Jack Flash”, que é muito massa. “Gimme Shelter” também é demais (não é o filme da minha xará). E nos anos 1960, eles eram os filhinhos-de-mamãe, enquanto os Beatles eram os malvados. Mick Jagger e Keith Richards, os dois estão juntos há muito tempo. Quase um casamento (o Keith é casado com a mulher dele, Patti Hansen, desde 1982). Mesmo depois da morte de Brian Jones (em 1969), eles tocaram o barco melhor. Quer mais detalhes? Leia a autobiografia do Keith Richards, Vida. É uma leitura de referência interessantíssima: pelo motivo “como-os-maiores-hits-dos-Stones-ganharam-vida”.

Outra banda que eu acho legal (que eu descobri as músicas há pouco tempo) foi o Sex Pistols. Eles tiveram apenas dois anos de estrada, mas mudaram a história do rock’n’roll. Os doidos só gravaram um disco (doidos mesmo, eram uns arruaceiros de marca maior), mas as músicas marcaram e influenciaram muita gente, como o Aborto Elétrico (que mais tarde virou Legião Urbana e Capital Inicial). Pra ter uma ideia da ousadia da banda, nenhum dos integrantes dos Pistols sabia tocar direito seus instrumentos. Eu escuto pra desencanar, e vai ser tema do meu trabalho.

Da mesma linha dos Pistols é o pessoal do The Clash, a “única banda que importa”, nos dizeres do pessoal da gravadora deles. Eles não eram tão sem-vergonha quanto o pessoal dos Pistols, mas o som deles era mais bem-feito (pelo menos, a turma do Clash sabia tocar). Os discos do Clash também tinham mensagens políticas, mas eles tinham um pouquinho mais de criatividade.

E o que eu gosto no Brasil… Legião Urbana! Eu amo essa banda, amo, amo! Eles são de Brasília, faziam um rock pensante-pulsante no começo. Mesmo que o ritmo da banda tenha desacelerado, as músicas continuaram a ser tão boas. E tem muita poesia nas letras do Renato Russo, pena que ele morreu tão jovem. Imagine se ele estivesse vivo hoje, aposto que ele ficaria metendo o dedo na cara do Marco Feliciano. E as músicas são demais! “Simplicidade é a chave da elegância”, já dizia Coco Chanel. E o som da Legião é um pouco isso, elegante. Mesmo que sejam meio punks, três acordes, que até eu consigo tocar.

O Capital Inicial de Brasília também é muito massa. Como a turma do Capital conseguiu uma façanha incrível: fazer sucesso nos anos 80 (quer um exemplo? “Música Urbana” foi um hit em 1986. Tão hit que virou trilha sonora de novela), parar por um tempo e depois voltar com força total? Eu peguei umas faixas antigas, soam completamente diferentes do som atual do Capital (ouça O Melhor do Capital Inicial e depois compare com o disco atual, Saturno). E outra coisa: o pessoal do Capital sempre se reciclou. E é isso que faz a banda ser tão legal.

E outras bandas que eu acho muito legal: NX Zero (emocore que deu certo), Fresno (o som dos gaúchos é muito bom), Kid Abelha (a única banda com uma vocalista que engrenou de verdade), Inimigos do Rei (o único hit é “Uma Barata Chamada Kafka”), RPM (minha mãe adorava), Ultraje a Rigor (parece piada, mas não é), Nirvana (pobre Kurt Cobain, se matou tão jovem), Bob Dylan (um poeta, simplesmente um poeta), Michael Jackson (o cara era o rei!), Madonna (quem é rainha nunca perde a majestade), Joan Jett (a melhor roqueira da história), Nenhum de Nós (gauchada marcando presença), Engenheiros do Hawaii (Humberto Gressinger, o Jim Morrison brasileiro). E um bocado de outras bandas e cantores, que se eu começar a contar vai demorar uma semana.

Ao som de…: “Eh, eh, (Nothing else I can say)”, “Rehab”, “She Loves You”, “Start Me Up”, “Anarchy in the UK”, “London Calling”, “Feedback song for a dying friend”, “Saquear Brasília”, “ Só Rezo”, “Pintura Íntima”, “Uma Barata chamada Kafka”, “Alvorada Voraz”, “Rebelde sem Causa”, “Smells like Teen Spirits”, “Like a Rolling Stone”, “The Way you make me feel”, “Material Girl”, “I Love Rock’n’Roll”, “O Astronauta de Mármore”, “Infinita Highway”.

Vanessa Alves

O melhor livro que li em toda a minha vida (edição revisada e aumentada)

Eu não sou do tipo que fica lendo historinha. Prefiro ouvir Justin Bieber (que eu não gosto de jeito nenhum) a ler Crepúsculo, li a versão em espanhol e dez páginas da versão em português e não gostei. Nada contra quem curte, que fique claro. Não quero tomar processo por “danos morais”. Eu li seis livros da série Harry Potter porque eu gostava e a J.K. Rowling escreve de um jeito que prende a atenção (quero ler “Morte Súbita”, o primeiro livro dela para adultos). Eu posso ser crucificada pelas fãsChristiane F.- Wir kinder of Bahnhof Zoo, mas eu prefiro histórias reais e que sejam de gente de verdade que erra e tudo (e seja no fundo um pouco incorreta) a ler sobre “vampiros” branquelos que não podem tomar um solzinho de nada que brilham (estragaram a Dakota Fanning no filme e como meu primo diz pejorativamente: “eles brilham feito purpurina”). Tem vampiros bons (The Vampire Diaries, o Drácula do filme “Van Helsingh” e os de “True Blood” são exemplos de vampiros bons), vampiros mais ou menos (os da novela Vamp, que inspirou a canção “O Teatro dos Vampiros” e vampiros de filmes no estilo “besteirol americano”) e um inesquecível (“Drácula”, de Bran Stocker é o melhor livro de vampiros da história. Ele é meio grosso, mas é maravilhoso!).

O livro que eu mais gostei foi “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída…”, que é um tapa na cara e um soco no estômago ao mesmo tempo. É um depoimento de uma jovem alemã a dois jornalistas (Kai Hermann e Horst Rieck) a uma revista de grande circulação na Alemanha (a Stern), também foi ouvida a mãe de Christiane, alguns psicólogos que atenderam a moça, um pastor que dirigia o Centro de Jovens do Conjunto Gropius, alguns policiais, mas o relato mais longo (e marcante) é o da personagem-título (pelo menos na versão em português). Na época do seu julgamento por “uso de entorpecentes”, Christiane tinha 15 anos. Christiane Vera Felscherinow começou a se drogar aos 12 anos de idade. No inicio do seu relato aos jornalistas, ela diz que veio do interior da Alemanha, de uma aldeia bem pobre e se mudou com os pais para Berlim. O pai se tornou malsucedido nos negócios e começou a descontar suas frustações (bater) na mãe, na irmã e nela. A mãe se separa e leva a filha mais velha junto, para Rudow. A menor fica com o pai e a amante dele num conjunto habitacional chamado Conjunto Gropius.

E lá chegando, Christiane começou a usar haxixe com uma amiga, Kessi numa discoteca chamada Sound “a mais moderna da Europa” (e que de moderna não tem nada: segundo Christiane a Sound “Não tinha nenhuma relação com o que eu imaginava. ‘A discoteca mais moderna da Europa’ era um porão, com o teto bem baixo, sujo e barulhento. As pessoas, cada uma por si, pulavam na pista de dança. Uma multidão sem nenhum contato entre si. Cheirava mal. O ventilador de vez em quando misturava os cheiros…”), muito frequentada pelos junkies. E depois pula do haxixe para o LSD (drogas mais ‘leves’) e deste para a heroína (ou H) durante um show do David Bowie na Deutschlandhalle, uma casa de shows. Na época da Sounds ela conhece os rapazes Atze (com quem tem um rápido namoro), Lufo (que “se picava” uma vez por semana) Axel (que vivia em um muquifo), Babsi (uma menina cujo padrasto era um famoso pianista), Bernd e Stella. E já viciada em heroína, Christiane fica amiga de Stella e Babsi e Detlef, um rapaz por quem ela se apaixona. Ele a introduz na gangue do Zoo.

Mas para conseguir dinheiro para comprar ‘um quarto’ (nesse caso, de grama de heroína), elas começam a se prostituir, mesmo que Babsi seja enteada de um famoso pianista. Até mesmo Detlef começa a sair com rapazes para comprar droga, larga seu emprego de aprendiz de encanador. Os quatro ficam esperando por clientes em uma estação de metrô chamada Estação Zoo (daí o nome original do livro, que a tradução literal é “Christiane F.—As crianças da Estação Zoo” ou Christiane F. – Wir Kinder vom Bahnhof Zoo que é o título original). À medida que o vício avançava Christiane aos 14 anos, como todos os seus amigos, começou a se prostituir na Estação Zoo para comprar heroína. A própria Christiane relata que no início, escolhia os clientes com quem faria programa e que se limitava a masturbá-los ou praticar sexo oral (era seletiva, diferentemente de Stella e Babsi, que chegavam a sair com caras muito mais velhos que elas). Mas com a necessidade de “se picar” três vezes ao dia (nos picos), Christiane passou a aceitar qualquer cliente que se apresentasse (inclusive estrangeiros) e a praticar sexo dentro de carros. Os tempos de prostituição duraram de 1976 a 1977, quando foi presa e acusada de tráfico e consumo de drogas. Foi isso que a levou a começar se picar, prostituir por dinheiro. Certa vez, Christiane leva Babsi para a casa do pai. E as duas ficam discutindo “no linguajar das putas” (as duas discutiam como se fosse na Estação Zoo), e a irmã de Christiane chega a chorar.

Christiane chega a abandonar a escola e fugir de casa. E começa a morar nos fins de semana em um muquifo de viciados junto com Detlef, Axel e Bernd. E começa a sair com um bocado de clientes. O mais marcante, na minha opinião, é o Max (o gago), um trabalhador braçal que dá uma grana alta para Christiane para que faça apenas uma coisa: bater nele. Esse Max cria com Christiane e Detlef um laço parecido com amizade. E ela mente para os policiais nas batidas dizendo que “não faz programa” (no texto, o termo é trottoir, “programa”).
E enquanto isso começa a morrer gente do convívio de Christiane por causa da droga: Atze, Lufo e Axel morrem aos 17 anos, os três de overdose. E mesmo assim ela, suas amigas e o namorado não param e chegam a entrar no tráfico. Em uma parte, Christiane chega a debochar da morte dos ex-amigos. Mas depois de pegar icterícia (ficar com a pele amarela) e achar que pegou hepatite ela tenta se limpar. Mas sempre volta ao vício.
Christiane tenta desesperadamente largar o vício de H com remédios junto com Detlef e Babsi. Stella some da face da terra (mais tarde se descobre que ela foi presa) sem dar vestígios. Babsi é levada para a casa da avó, com problemas no fígado, foge e chega a se internar em uma instituição chamada Narconon (em cuja instituição Christiane tenta se tratar, sem muitos resultados).
Detlef e Bernd vão para Paris, com uns cheques roubados de clientes dos dois. E vão em cana. Mas a parte que mais me chocou é quando Christiane descobre que sua melhor amiga, Babsi, morreu de overdose com apenas 14 anos e “com uma agulha plantada em seu braço” (e com direito a uma manchete de capa no periódico Bild Zeitung de Berlim: “Ela tinha só 14 anos!”, se referindo a Babsi). Ela percebe o quão fundo chegou. E tenta desesperadamente se limpar do vício em heroína com Valium, Valeron, Gemetrin e Mandrix (e em casa!). Mas esse tal Valium também vicia (Eminem que o diga). Se interna em uns dez hospitais (com icterícia e sem nenhum resultado). Chega a fugir do hospital Bonnies Ranch (famoso por ser barra-pesada) e se muda (à força) para a casa das tias, em Hamburgo. Só volta a Berlim para o seu julgamento, ainda em 1977. Eu não vou contar o final, só lendo o livro de cabo a rabo. Christiane se livrou das drogas durante alguns anos, tentou refazer a sua vida, teve um filho (Jan-Nicklas), mas voltou a usar heroína e pelo que peguei na net ela teve duas internações em hospitais alemães só em dezembro de 2005. Começar a usar drogas muito cedo detonou o organismo dela de forma irreversível: ela tem problemas circulatórios graves e hepatite C, em decorrência das picadas e das “agulhas repugnantes”. Pelo que li na Wikipédia, ela se meteu em confusões com a polícia porque ela queria ir para a Holanda, mas não podia levar a criança e por fim tomaram o filho por que a mãe era “um mau exemplo”. Pelo que peguei, Detlef se limpou em 1980 e é motorista de ônibus em Berlim. Pelo menos, Detlef pôs a sua vida nos eixos.
Também tem o filme de 1981 e o de 2005 (Christiane F. – Wir Kinder vom Bahnhof Zoo, em português do Brasil Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída… e em português de Portugal Os Filhos da Droga). O filme de 1981 tem a presença luxuosa de David Bowie (no papel dele mesmo, obviamente). Pelas críticas que eu li do filme, ele é bem parecido com o livro (inclusive vi o cartaz e a atriz que interpreta Christiane é bem parecida com ela), mesmo que comece de uma maneira diferente do livro (o livro começa com a mudança da família de Christiane a Berlim, já o filme começa com Christiane indo ao Sound, com a mãe já divorciada e fora do Conjunto Gropius, onde morava com o pai). Ainda sobre o filme, tem a trilha sonora feita por David Bowie especialmente para o filme. Se você for para o Reino Unido, é uma boa procurar esse disco.

Capa do disco com a trilha sonora do filme.
Capa do disco com a trilha sonora do filme.

Tanto o livro quanto o filme fizeram bastante sucesso nos anos 1980. Provavelmente pela franqueza excessiva do relato de Christiane e por ser um recado para quem ousa enveredar-se nos caminhos do tóxico. (Se quiser o link com o filme completo e dublado, vá a http://www.youtube.com/watch?v=KLC6LPriSDk. Se quiser apenas legendado e com o som original em alemão, vá a http://www.youtube.com/watch?v=S_v3JroDUgU).
Cartaz do filme "Eu, Christiane F., 13 anos,drogada, prostituída..."
Cartaz do filme “Eu, Christiane F., 13 anos,drogada, prostituída…”

Capa do DVD "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..."
Capa do DVD “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída…”

Imagem

Esse livro é muito forte, se você tiver menos de 17 anos eu não recomendo a leitura da edição que li. Motivo: no depoimento há diversas partes em que Christiane descreve os procedimentos com os seus “clientes” e na parte das fotos há a foto de uma jovem morta no banheiro da tal Estação Zoo. Inclusive, as fotos que aparecem nessa edição são justamente da reportagem que originou o livro (procure nos arquivos da revista Stern, mas está em alemão). A edição que eu li é a 50ª (o livro chegou ao Brasil em 1980) e nessa edição que li tem foto dos personagens e na capa tem a foto da Christiane aos 14 anos (abaixo), na época em que a entrevista foi feita e no calor do momento. Na minha humilde opinião, prefiro ler sobre uma “Cinderela do submundo” do que vampiro que brilha ao sol. O link com uma edição em PDF do livro: (http://www.etcap.com.br/livros/182049_Eu%20Christiane%20F%2013%20Anos%20Drogada%20Prostituida.pdf).
Ao som de…: “O Teatro dos Vampiros”, “Starman”, “O Mundo”, “Gimme Shelter”, “Stairway to Heaven”, “Lithium”, “Pretty Vacant”, “It’s too late”.

Vanessa Alves

O melhor livro que li em toda a minha vida

 

 ImagemEu não sou do tipo que fica lendo historinha. Prefiro ouvir Justin Bieber (que eu não gosto de jeito nenhum) a ler Crepúsculo.  Eu li seis livros da série Harry Potter porque eu gostava e a J.K. Rowling escreve de um jeito que prende a atenção. Eu posso ser crucificada pelas fãs, mas eu prefiro histórias reais e que sejam de gente incorreta a ler sobre “vampiros” (uma dica: “Drácula”, de Bran Stocker é o melhor livro de vampiros da história. Ele é meio grosso, mas é maravilhoso!).

O livro que eu mais gostei foi “Eu, Christiane F.,13 anos, drogada, prostituída…”, que é um tapa na cara e um soco no estômago ao mesmo tempo. É um depoimento de uma jovem alemã a uma revista de grande circulação na Alemanha. Christiane Vera Felscherinow começou a se drogar aos 12 anos de idade. No inicio do seu relato aos jornalistas, ela diz que veio do interior da Alemanha e se mudou com os pais para Berlim. O pai se tornou mal-sucedido e começou a bater na mãe, na irmã e nela. A mãe se separa e leva a filha mais velha junto.

E lá chegando, Christiane começou a usar haxixe com uma amiga. E depois pula do haxixe para o LSD e deste para a heroína durante um show do David Bowie numa discoteca chamada Sounds, muito frequentada pelos junkies. E já viciada em heroína, Christiane conhece as amigas Stela e Babsi e Detlef, um rapaz por quem ela se apaixona.

Mas para conseguir dinheiro para comprar ‘um quarto’(nesse caso, de grama de heroína), elas começam a se prostituir, mesmo que Babsi seja enteada de um famoso pianista. Até mesmo Detlef começa a sair com rapazes para comprar droga. Os quatro ficam esperando por clientes em uma estação de metrô chamada Estação Zoo (daí o nome original do livro, que a tradução literal é “As crianças da Estação Zoo” ou Christiane F. – Wir Kinder vom Bahnhof Zoo).

Christiane chega a abandonar a escola e fugir de casa. E começa a morar em um muquifo de viciados junto com Detlef e alguns amigos dele. E começa a sair com um bocado de clientes. O mais marcante, na minha opinião, é o Max, um trabalhador braçal que dá uma grana alta para Christiane para que faça apenas uma coisa: bater nele. Esse Max cria com Christiane e Detlef um laço parecido com amizade.

Mas a parte que mais me chocou é quando Christiane descobre que sua melhor amiga, Babsi, morreu de overdose com apenas 14 anos e “com uma agulha plantada em seu braço” (e com uma manchete de capa: Ela só tinha 14 anos!). Ela percebe o quão fundo chegou. Ela tenta desesperadamente se limpar do vício em heroína com Valium. Mas esse tal Valium também vicia (Eminem que o diga). Se interna em uns três hospitais e se muda para a casa das tias, em Hamburgo. Eu não vou contar o final, só lendo o livro de cabo a rabo.

Esse livro é muito forte, se você tiver menos de 17 anos eu não recomendo a leitura. A edição que eu li é a 50ª e nessa edição tem foto dos personagens e na capa tem a foto da Christiane aos 14 anos, na época em que a entrevista foi feita e no calor do momento. Na minha humilde opinião, prefiro ler sobre uma Cinderela do submundo do que vampiro que brilha ao sol.

 

Ao som de…: “O Teatro dos Vampiros”, “Starman”, “O Mundo”, “Gimme Shelter”, “Stairway to Heaven”.

Vanessa Alves

Oi pessoal. Meu…

Oi pessoal. Meu nome é Vanessa, tenho 17 anos. Sou uma garota normal como qualquer uma da minha idade. Gosto muito de ler, escrever e ouvir música. Já estou na faculdade, olha só! Eu moro em um lugar pequenininho chamado Sítio Cachoeira. Meus amigos dizem que eu escrevo bem. Eeu vou testar isso. Vou falar sobre a minha vida, meus discos, meus livros favoritos e sobre como é ser uma jovem que tem que conviver diariamente com remédios que controlam o seu humor. Eu fui diagnosticada com ansiedade e eu acho que sou um tanto bipolar. E isso foi escrito ao som de “Conexão Amazônica”.

Apresentando…Longe Demais de Ser Normal.