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Escola de calor ou sobre morar em um lugar novo

“For, Lord, I was free of all Thy flowers, but I chose the world’s sad roses,

And that is why my feet are torn and mine eyes are blind with sweat”.

Impenententia Ultima, Ernest Dowson.

Estou morando em Fortaleza há mais ou menos umas três semanas por que passei na seleção para o mestrado em Estudos da Tradução na UFC. E o que aprendi com essa experiência? Primeiro, que você não deve se deslumbrar com tudo. Eu ainda não achei uma loja que venda camisetas do David Bowie ainda. Nem mesmo uma guitarra Fender Telecaster. Enquanto eu não tenho condições de comprar uma Telecaster original canhota, fica só no sonho. O que mais cabe no meu orçamento é comprar um pôster de Juventude Transviada…

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Eu adoro a legenda do pôster original: “…e eles vieram de ‘boas’ famílias. #sqn

Amigos ou: como se relacionar quando seu gosto não bate com o de ninguém

E depois de mais um tempo no limbo (cuidando de TCC e outras coisinhas), voltei. Estou começando com uma série chamada A Autoajuda que eu gostaria de ter.

Desde quando eu era mais novinha, sempre curti rock and roll. O problema era que desde sempre o que eu curto não é interessante para mais ninguém a não ser para mim. Na escola eu ouvia muito Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, a tríade das bandas de rock de Brasília. Ou seja, a maioria dos meus amigos gostava de forró e eu achava isso uma grande babaquice.

Na faculdade isso não mudou muito de figura. Na faculdade, eu fico ouvindo David Bowie, Rolling Stones, Beatles, The Doors e todas essas “bandas velhas”, como minha irmã do meio costuma falar. Eu gosto de filmes de ficção científica bem hard, daqueles filmes que você tem que se achar muito esperto para poder falar sobre eles, animes, filmes de super-heróis e filmes do Tarantino. Só que se eu falo de algum dos meus filmes favoritos com eles, vai dar merda. Minhas amigas não curtem isso. Primeiro, elas não sabem do que estou falando.

Seres humanos gostam de estar certos. Sempre, sempre. Não importam se o cara gosta de assistir comédias românticas cheias de açúcar ou filmes paródias turcos, acham que é a melhor coisa do mundo. Vou ser sincera, não curto muito romances do século XIX, acho eles meio chatos. Mas como já diriam, “gosto é que nem cu, todo mundo tem o seu”. A questão não é fazer os outros gostarem do que você gosta, e sim respeitar.

Nem todo mundo gosta de Star Wars, assim como nem todo mundo curte ler obras clássicas mais antigas do que seus bisavós. Ao mesmo tempo, é um saco a pessoa querer provar que está certo. Ninguém tem certeza de nada, pois se a pessoa acha que está certo, tem medo de que provem que ela está redondamente enganada.

Essa Maldita Timidez!!!

“O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós” (Jean Paul Sartre)

Depois de mais um tempo no limbo, voltei para falar de coisa séria.

Sabe aquela sensação de que o mundo vai desabar em sua cabeça? A de que você é tão interessante quanto um torrão de terra e que não vale a pena? Bom, essa é minha vida.

Desde que eu me entendo por gente, eu sou tímida. Mas depois que cresci percebi que tenho uma doença crônica, que fez com que a minha vida atrasasse bastante: tenho timidez patológica ou transtorno de ansiedade social. Nesse link aqui você vai encontrar algumas informações sobre isso.

É por isso que posto poucas fotos, e quando posto as minhas fotos têm menos curtidas de que as das minhas amigas, saio muito pouco de casa para me divertir, converso pouco, quase que vivo “A Vida Secreta de Vanessa Alves”, pois ninguém sabe muito da minha vida.  Eu sei que isso é muito triste, quase entrei em depressão umas poucas de vezes. Não é a coisa mais legal do mundo achar que todo mundo quer te fazer mal. Já chorei muitas vezes. Diferentemente de pessoas que realmente querem o isolamento, eu quero e muito interagir. No entanto, o meu medo fala mais alto. Não consigo me lembrar do tanto de amizades que perdi porque falei demais.

Quando eu tinha oito anos de idade, eu fiquei traumatizada de verdade. Um cara tentou me estuprar. Isso mesmo que você leu: fui vítima de uma tentativa que não se concretizou. Isso me traumatizou de tal maneira que eu nunca mais me recuperei. Até poucos meses atrás, somente meus pais e minha psicóloga sabiam disso. Ainda é muito difícil lidar com o trauma, ainda mais que o cara mora a poucos metros da minha casa.

Mas, a vida continua. Tenho que matar um leão por dia. A timidez é uma cruz que eu tenho que carregar, mas diferentemente de muitas pessoas com o mesmo problema que eu, tenho uma família que me ajuda sempre.

Quando você quer extravasar…

“She gets
She gets
She gets
She gets high…” (Break on through (to the other side)

“I like people who shake other people up and make them feel uncomfortable.” (Jim Morrison)

Eu sou uma garota com histórico de doenças mentais na família. Tenho um tio e um primo com esquizofrenia, então o medo da doença mental sempre rondou meus pais e familiares. Eu já tomei antidepressivo para controlar a ansiedade depois que passei no vestibular e fiz sessões de terapia com uma psicóloga porque eu puxo o meu cabelo. Isso é uma doença de verdade, se chama tricotilomania. Tenho dificuldades para falar em público, tanto é que eu sempre estrago uma aula ou uma apresentação. Por isso também nunca arrumei um namorado, nunca tive coragem de chegar em ninguém.

Bom, mas para extravasar o que estou sentindo, o que eu faço? Simples: não bebo de jeito nenhum. Eu andei lendo uma versão em português de Portugal da biografia do Jim Morrison (Ninguém Sai Vivo Daqui) e notei algo de bem interessante: ele era um cara muito tímido em privado, mas a figura pública era um cara extrovertido demais. Por isso ele bebia para caralho e viajava no ácido demais. Vide essa performance marrravilhosa de “The Unknown Soldier” em 1968. A parte mais legal é no minuto 2:28: Jim Morrison sendo fuzilado. Meu, hoje em dia não achei nenhum performer de nenhuma espécie tão louco quanto ele. Tão louco e tão são também.

Outra coisa: não seja o David Bowie. Hoje em dia ele é um senhor respeitável e super discreto, mas nos seus loucos dias de juventude, ele cheirava adoidado.

Eu admito que não voltei a fazer terapia. Motivo: o tempo curto. Estou muito ocupada com a faculdade, mas eu sei que a minha saúde mental também é prioridade. E para fechar, uma canção que eu acho sensacional.

Até o próximo texto,

Desejando muito mana para vocês,Created with Microsoft Fresh Paint

A carta

Havia muito tempo em uma Inglaterra dominada pela hipocrisia existiu uma banda chamada Sex Pistols. O garoto-propaganda da banda era o baixista Sid Vicious. O rapaz não tocava porra nenhuma, ficava chapado nos ensaios, os outros membros dos Pistols o detestavam e como se não bastasse isso, era um arsenal químico ambulante. Consequência: overdose. Sid morreu de overdose em 1977.

Sex Pistols

Na edição de 31 de março de 1979, quase um mês depois da morte de Sid Vicious, do Sex Pistols, o lamento de um certo Eric Russell foi escolhido como a carta da semana. Eric era Renato Russo. A carta tinha o seguinte nome: “We Could be Heroes… until Sid died” (Nós poderíamos ser heróis, até que Sid morreu, uma piada com a canção “Heroes”, de 1977).Abaixo, a tradução da carta:

“Acho que meu pai sabia, ele provavelmente viu na TV ou leu nos jornais, mas não me contou. Um amigo me disse e eu não acreditei. Tive que ligar para o meu professor de violão e perguntar se ele tinha ouvido alguma coisa. Aconteceu numa sexta-feira, mas eu soube da notícia domingo à noite.

Nada me atingiu do jeito que a morte de Sid me atingiu. Chorei a noite toda, e era como uma espécie de grito, doloroso, não só por Sid, mas por tudo. Perdi completamente o controle de mim mesmo. Sabe, nada acontece aqui, nunca. Eu sempre recebo as notícias duas semanas atrasado. Não se lança nada de new wave (ou qualquer coisa boa que interesse) aqui, eu tenho que comprar importados do Rio. Tudo é discoteca, Travolta ou samba.

Quando a coisa do punk começou, eu e meus amigos entramos de cabeça porque alguma coisa estava acontecendo. Nos envolvemos com a música como não acontecia desde os Beatles e os Stones. Era diferente. Sid, John e o Clash eram todos heróis. Eles pensavam do jeito que a gente pensava; nem mesmo o Airplane (Jefferson Airplane, grupo psicodélico formado em San Francisco no auge do flower power) tinha batido tão forte em mim. Dava certo medo, não era apenas ser um fã burro.

(…) Ele morreu por causa do que era. E como Brian (Jones, guitarrista dos Stones, que morreu afogado na piscina em 1969), Jim (Morrison, vocalista do The Doors, morto em 1971) e Gram (Parsons, ex-The Byrds, pioneiro do country rock, que morreu em 1973 de overdose de morfina e tequila em Joshua Tree, Califórnia e foi cremado) as pessoas só vão entender depois de alguns anos. Alguns vão esquecer, outros não, alguns já esqueceram, mas quando um herói é de verdade (eu digo herói mesmo), ele sobrevive. Aposto que alguém vai rir lendo isso. Pode rir, você não entende (…)

Eu cresci milênios desde 75 para cá. Mas ainda tenho 18 anos. Vejo as coisas um pouco diferentes agora e odeio… mas vou passar por isso e não vou perder (ganhar) como Sid Vicious fez. E eu vou fazer por ele porque ele fez por mim.” (Eric Russell, Brasília, GANHADOR DO LP).

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Quatro Vezes Você

Já que David Bowie, um dos tiozinhos do rock que ainda está inteiro, lançou um clipe polêmico nos últimos dias: “The Next Day” (eu vi, não achei nada demais, mas foi censurado pela Liga Católica americana, pede a confirmação de idade no Youtube e tem um monte de visualizações e eu vi foi na VEVO!), vou fazer um texto desanuviando essa figura folclórica do rock. Ou melhor essas figuras folclóricas do rock. O cara era um e ao mesmo tempo era vários.

Eu estava um dia desses imaginando. Algo quase cotidiano para mim. Imaginando quatro garotas da minha classe vestidas como as  quatro principais personas artisticas do David Bowie: Major Tom,  Ziggy Stardust, Aladdin Sane e Thin White Duke. Ficou meio estranho cada uma vestida com uma particularidade de figurino, mas seria fodão. Uma vestida de astronauta, outra de roqueiro alienígena, outra de roqueiro americano com um raio no rosto e mais uma vestida de nobre decadente.

Antes que o caro leitor fique boiando, vou explicar: já ouviu falar no Fernando Pessoa? Um dos maiores poetas da língua portuguesa, que ficou famoso por seu heterônimos. Os mais famosos são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos (tem mais 121,se ficou curioso). Pois é, o David Bowie fez diversas personas, os seus heterônimos (a que ficava melhor em mim seria o Screaming Lord Byron, de 1985, que é menos conhecido. E eu estava imaginando meus cabelos pintados de roxo e minha pele meio azulada). As mais famosas são as quatro citadas lá em cima.

Primeiro, vou falar do astronauta: o Major Tom. O Major Tom é um astronauta, que foi mandado para as estrelas, por livre e espontânea vontade. Tudo estava as mil maravilhas, mas ocorre uma falha na comunicação grave, o foguete fica com problemas e a última transmissão do Major é “diga a minha esposa que eu a amo muito” e a resposta é “ela sabe”, meio que prevendo que ele não iria voltar. Tom tem  problemas com drogas, mas esse assunto é mais citado na faixa “Ashes to Ashes”, de 1981. A faixa “O Astronauta de Mármore”, da banda brasileira Nenhum de Nós descreve um pouco o astronauta chapado. Mesmo que seja de outro alterego, o Ziggy Stardust. O Major Tom apareceu pela primeira vez na faixa “Space Oddity”, de 1969. Essa música foi a trilha  sonora da chegada do homem à Lua no Reino Unido e fez o vesgo David Robert Jones famoso e virar um dos sex-symbols do rock. Rock tambem é história, folks!

“This is Major Tom to ground control
I’m stepping through the door
And I’m floating in the most peculiar way
And the stars look very different today

For here am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue, and there’s nothing I can do” (David Bowie, Space Oddity, 1969).

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Depois de dois discos sem “personagens” mas com o visual bem andrógino, quase feminino (Hunky Dory e The Man Who Sold the World, agradeçam a Angela, primeira mulher do David), vem o personagem mais famoso do David: Ziggy Stardust. Ziggy é um alienigena (de novo, o tema do espaço) que é uma espécie de mensageiro do Apocalipse. Resumindo a história: a Terra vai acabar dentro de cinco anos. Ziggy tenta avisar o povo da Terra que “o fim está próximo”. Mas  diferentemente da maioria desses “profetas do Apocalipse”, Ziggy usa o rock para espalhar essa mensagem com a sua banda, a Spiders from Mars. Mas depois o cara fica doido com o sucesso que lhe sobe à cabeça (vira um cara egocêntrico, drogado, explosivo e completamente doidão), acha que é um profeta do “Starman” (o salvador da pátria, ou melhor, do mundo), e acaba se matando. O disco “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” de 1972 conta a história desse roqueiro alienígena gente fina, mas que diz muito sobre a vida dos rock stars: o sucesso sobe a cabeça e leva a autodestruição. Esse texto abaixo é de uma entrevista do David Bowie para a Rolling Stone americana na época do lançamento do disco. Coloquei o texto em inglês e uma tradução que eu fiz (ué, sou estudante de Letras! Preciso fazer traduções decentes!). O curioso: depois da turnê do disco, o David demitiu toda a banda. O Ziggy não bateu as botas (botas de couro vermelhas!) e a banda dele não acabou? Então. Se não bastasse,em um show na casa de shows no Oxford Town Hall o maluco do David fez o seguinte: “se ajoelhou diante de Mick Ronson, enlaçou o traseiro do guitarrista com as mãos e puxou Ronson e sua guitarra em direção à sua boca – em uma simulação de sexo oral”(nada muito infantil) e parecia uma orgia na plateia. Mais info sobre esse episódio escandaloso: http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-74/como-ziggy-stardust-caiu-na-terra Não achei a foto na internet (ainda!). Foto abaixo.

Crianças, não façam isso em casa, sob nenhuma hipótese!
Crianças, não façam isso em casa, sob nenhuma hipótese!

“The time is five years to go before the end of the earth. It has been announced that the world will end because of lack of natural resources. Ziggy is in a position where all the kids have access to things that they thought they wanted. The older people have lost all touch with reality and the kids are left on their own to plunder anything. Ziggy was in a rock-and-roll band and the kids no longer want rock-and-roll. There’s no electricity to play it. Ziggy’s adviser tells him to collect news and sing it, ‘cause there is no news. So Ziggy does this and there is terrible news. ‘All the young dudes’ is a song about this news. It’s no hymn to the youth as people thought. It is completely the opposite. […]

The end comes when the infinites arrive. They really are a black hole, but I’ve made them people because it would be very hard to explain a black hole on stage. […]

Ziggy is advised in a dream by the infinites to write the coming of a Starman, so he writes ‘Starman’, which is the first news of hope that the people have heard. So they latch onto it immediately…The starmen that he is talking about are called the infinites, and they are black-hole jumpers. Ziggy has been talking about this amazing spaceman who will be coming down to save the earth. They arrive somewhere in Greenwich Village. They don’t have a care in the world and are of no possible use to us. They just happened to stumble into our universe by black hole jumping. Their whole life is travelling from universe to universe. In the stage show, one of them resembles Brando, another one is a Black New Yorker. I even have one called Queenie, the Infinite Fox…Now Ziggy starts to believe in all this himself and thinks himself a prophet of the future starmen. He takes himself up to the incredible spiritual heights and is kept alive by his disciples. When the infinites arrive, they take bits of Ziggy to make them real because in their original state they are anti-matter and cannot exist in our world. And they tear him to pieces on stage during the song ‘Rock ‘n’ roll suicide’. As soon as Ziggy dies on stage the infinites take his elements and make themselves visible.”

Minha tradução:

“A época é cinco anos antes do fim da Terra. Foi anunciado que o mundo iria acabar por carência de recursos naturais. Ziggy está em uma situação em que todas as crianças têm acesso às coisas do jeito que elas querem. Os mais velhos perderam todo o senso de realidade e as crianças deixam de se roubar umas as outras. Ziggy está em uma banda de rock’n’roll e as crianças não querem saber de rock’n’roll. Não há eletricidade para tocar. O assessor de Ziggy lhe diz para procurar notícias e cantá-las, pois não há notícias. Então, Ziggy faz isso e há terríveis notícias. ‘All the Young Dudes’ é uma faixa sobre essas notícias. Não é um hino sobre a juventude, como as pessoas acham. É completamente o oposto. […]

O fim chega quando the infinites (não tem tradução, nesse caso) chegam. Eles na verdade são buracos negros, mas eu os criei como pessoas porque é muito difícil explicar o que são buracos-negros no palco.

Ziggy é avisado em um sonho pelos infinites para escrever sobre a vinda de um ‘Starman’, então ele escreve ‘Starman’, que é a primeira notícia de esperança que as pessoas estavam ouvindo. Então, eles ‘sacam’ o que significa imediatamente. Os ‘starmen’ do qual ele está falando são os chamados infinites e eles são saltadores de buracos-negros. Ziggy estava falando sobre aqueles fantásticos homens do espaço que vieram para salvar a Terra. Eles aterrissam em algum lugar em Greenwich Village. Eles não ligam para esse mundo e não é possível a ajuda deles. Eles só vieram parar no nosso universo porque eles estavam “saltando buracos-negros”. A vida inteira deles é viajar de universo em universo.

No show, um deles se parece com (Marlon) Brando, outro é Black New Yorker. Tem um que se chama Queenie, the Infinite Fox. Agora Ziggy começa a acreditar em tudo de si e que pensa que é um profeta dos futuros starmen. Ele se eleva a tais alturas espirituais e é seguido por seus discípulos. Quando os starmen aparecem, eles dão mordidas em Ziggy para serem reais, já que são feitos de antimatéria e que não existe no nosso mundo. E eles o rasgam em pedaços (rasgam o Ziggy) no palco durante a faixa ‘Rock’n’roll suicide’. Assim que ele morre, os starmen pegar seus elementos e se tornam visíveis.”

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Depois desse roqueiro alien que se vestia esquisito, o David continuou com os cabelos vermelhos. Gravou o disco “Diamond Dogs” (inspirado no livro 1984, de George Orwell) em que a capa foi feita por um pintor holandês, Guy Peelaert. A capa é meio esquisita, vide foto abaixo. Digita no Google “diamond dogs” que você encontra a foto completa. A única faixa que eu gosto de verdade é “Rebel Rebel”. Minha cara. “Rebel Rebel, you’ve torn your dress/Rebel Rebel, your face is a mess/Rebel Rebel, how could they know?/ Hot tramp, I love you so!” (tradução:” Rebelde Rebelde, você rasgou seu vestido/ Rebelde Rebelde, seu rosto é uma bagaça, Rebelde Rebelde, como eles poderiam saber?/ Vagabunda gostosa, eu te amo demais!”)

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E o tal Aladdin Sane, que eu passei metade da semana falando sobre ele e ninguém entendeu? Segundo o David era “Ziggy Stardust indo aos Estados Unidos” e é também uma frase (Aladdin Sane é um trocadilho com a frase “a lad insane”, um cara doidão). Não havia muita diferença entre Aladdin e Ziggy. As diferenças: Aladdin era americano (de Detroit), já Ziggy era marciano, os figurinos do Aladdin eram mais elaborados e a personalidade do ruivo de Detroit era quebrada. E o som tinha uma levada mais americana (inclusive no inglês), mas as roupas eram um episódio a parte. Nem mesmo Lady Gaga teria coragem de usar roupinhas tão doidas (cortesia da modelo Angie). Mais uma dica: se tiver se interessado, caro leitor, digite “Aladdin Sane”. O que mais marcou foi a maquiagem do raio, que representa a dualidade da mente. Traduzindo: todo mundo é um. Mas ao mesmo tempo é dois, três, quatro, 124 (no caso do Fernando Pessoa)…

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Depois de ter feito um figurino mais “normal” no disco “Young Americans” (com direito a backing vocal do John Lennon em “Fame”, a minha favorita do disco!), David Bowie, o Camaleão ataca novamente. Dessa vez, com um figurino mais normal. O Thin White Duke, apresentado ao mundo no disco “Station to Station” (de 1976), era um nobre decadente, interessado em cabala e misticismo de toda e qualquer espécie, que cantava canções de amor meio insossas. Normal, certo? Errado. O cara estava magérrimo, vivendo à base de “red peppers, cocaine and milk” (pimentas malaguetas, cocaína e leite), a paranoia estava o perseguindo e a personalidade que demonstrava em suas entrevistas era meio sombria. E o casamento com Angie estava no buraco (horrores de beijos sem paixão, chifres para os dois lados e o filho dos dois pagava o pato…). O figurino estava normal, já a cabeça dele, nem tanto. Se mandou para Berlim Ocidental e se vacilar, deve ter cruzado com uma certa Christiane F. E lançou a trilogia de Berlim (“Heroes”, Low e Lodger), junto com Brian Eno. Mas isso é assunto para um post anterior. Não analisei a soundtrack do filme da Christiane F. porque eu não sabia, só baixei há pouco tempo. Quer mais imagens? Vá a http://bowieisgod.tumblr.com/page/2 .Tem diversas fotos bacaninhas. A que eu mais curti foi a do David com sua ex-mulher Angie como dois alienígenas trabalhados no Tecnicolor, datada de 1972. Uma foto linda (não sei se  vocês vão achar o mesmo, caros leitores), mais pela forma que pelo conteúdo.

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E eu achei fodona a faixa V-2 Schneider! É, fugi do assunto. Que se foda!

Ainda sobre “Station to Station”, de tanto eu tocar lá em casa, minhas duas irmãs aprenderam o refrão. A contra-gosto, admito. Mas elas aprenderam e é isso que importa! (E a minha irmã do meio adorou o filme da Christiane F.!)

“The return of the Thin White Duke
Throwing darts
In lovers’ eyes
Here are we one magical moment
Such is the stuff from
Where dreams are woven
Bending sound
Dredging the ocean lost in my circle
Here am I
Flashing no colour tall in this room
Overlooking the ocean”  (David Bowie, Station to Station, 1976).

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E a lição do dia: todo mundo é um. E se reinventa o tempo todo.

Ao som de: Space Oddity, Starman, Panic at the Detroit,Station to Station, O Astronauta de Mármore, Marcianos Invadem a Terra…

What caracter of David Bowie you are?

1.  How is your hair styled right now?

a) Choppy, short and flaming orange

b) Combed and slicked back

c) I have helmet hair

d) A gender-neutral style to represent the duality of mind

2. People describe your personality as…

a) A universally adored rock star raised to messianic status.

b) Paranoid, amoral and downright nasty

c) A strung-out dreamer adrift on your own quest of discovery

d) Fractured

3. What is your drink of choice?

a) A champagne shower

b) Straight bourbon

c) An Amber Moon cocktail: Tabasco sauce, raw egg and whiskey

d) A Gin Genie

4. Your dream music collaboration would be with…

a) T. Rex

b) Tom Waits

c) Peter Schilling

d) A rabid tiger or Bjork

5. Where do you consider home?

a) Mars

b) Berlin

c) I’m a nomadic wanderer with no home

d) Detroit

6. Which beauty product could you not live without?

a) Sparkly gold nail polish

b) Hair gel

c) An oxygen therapy mask

d) Multicoloured face paints

7. At a party, you’re most like to be…

a) … singing and dancing on top of a table

b) … skulking in a corner and drowning your showers

c) … wondering, wide-eyed, where am I?

d) … hallucinating and hearing voices

8. What do you look for in a partner?

a) Myself

b) An aristocratic pedigree since love is but an illusion

c) A free-spirit. Someone who’s just willing to let go and live each day like it’s their last

d) A beating pulse

9. Your must-have fashion accessory is…

a) Spandex pants, spandex shirt, spandex gloves, spandex, spandex, spandex…

b) A dapper vest

c) My jet pack

d) A glittery lightning bolt

10. What is your favourite movie?

a) The Man Who Fell to Earth

b) Requiem for a Dream

c) 2001: A Space Odyssey

d) One Flew Over the Cuckoo’s Nest

11. Your Twitter bio most closely resembles…

a) Demi-god and greatest gift to the universe. These tweets are my gospel so let it be written, so it shall be done

b) Hollow man. Tortured soul. Ice masquerading as fire since 1976

c) Carbon-based human life form in search of solitude. Former employee of @NASA

d) A lad insane. #F4F

12. What is your favourite candy?

a) Tootsie pops so I can pretend they’re microphones

b) Dark chilli chocolate

c) Pop rocks

d) Wonka fun dip

13. You think Glambert is…

a) Ah, so I see you’ve met my latest creation Adam

b) A plague on an already damned humanity

c) An alien life form born forth from a Mars spider egg

d) A brand of men’s hairspray?

14. What is your favourite book?

a) The one I’m currently writing

b) Fear and Loathing in Las Vegas

c) The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy

d) American Psycho

15. If I had a superpower it would be…

a) I’m already superhuman and my power is awesomeness. I can also play the guitar with my teeth

b) Invisibility

c) Flight. Is it a bird? Is it a plane? No, it’s me! Weeeeeee!

d) Shape shifting

16. It’s Halloween and your costume is…

a) Blue jeans and a white t-shirt would be a scary option

b) Mr. Cellophane

c) A papier-mâché Saturn complete with hula hoop rings

d) Two-Face a.k.a. Harvey Dent

If you answered mostly ‘As’ you are Ziggy Stardust, the larger than life rock star born from The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars.

Some people would call you a narcissist, but you just think you’re universally adored, having been sent to this Earth to show its population a good time. You’re promiscuous, bombastic and hedonistic, though the question of whether you’re human remains open to debate. Your androgynous style can only be described as ‘out-there’ since you buck conventions and don’t care what people think outside of their worship of your superhuman magnificence. American Apparel is your kryptonite.
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If you answered mostly ‘Bs’ you are the Thin White Duke, the emaciated aristocrat born from Station to Station.

Although normal and impeccably dressed at first glance, you are harbouring deep-seated problems, which in turn, is fueling an internal struggle between right and wrong (and a digestive struggle between red peppers and milk). You generally wear black, can be perceived as a loner and described as cold-hearted, a now hollow shell of the person you once were. Err… maybe it’s time to get help?
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If you answered mostly ‘Cs’ you are Major Tom, the wide-eyed astronaut born from David Bowie’s self titled album, also known as Space Oddity.

You are an ambitious rocket man, a genuine ‘Starman’ whose drive to discover the unknown knows no bounds, spurring you to boldly go where no man has gone before regardless of the consequences. But of course, you wouldn’t be a David Bowie character without your own personal demons and so, as the adventurous Major Tom, you feel as though something is missing in your life, something that necessitates a soul-searching mission with a pack full of ‘protein pills.’ Perhaps in a galaxy far, far away or else on a gap year in Australia.
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If you answered mostly ‘Ds’ you are Aladdin Sane, quite literally ‘a lad in sane’ born from the album of the same name.

Like Ziggy Stardust, you are a bona fide rocks star, albeit with an Americanized twang. You were conceived as Ziggy toured across America and, as such, your personality is fractured and somewhat schizophrenic. To that end you can be a little kooky and comical, but occasionally moody with a streak of repulsion and paranoia. The lightning bolt makeup that darts down your face represents this duality of the mind.

 

Alladin Sane

Hoje ninguém vai derrubar minha moral!

Leitores queridos desse blog, vou lhes mandar uma pergunta: alguém alguma vez na sua vida tentou mandar seu astral para baixo? Não, o tema não é auto-ajuda. Eu não leio um livro de auto-ajuda há séculos, porque não tem muito livro desse tipo nas bibliotecas que eu frequento.

“Vão falar que você não é nada, vão falar que você não tem casa. Vão falar que você não merece, que anda bebendo e que está perdido. […] Se eu for ligar pro que que vão falar, não faço nada.” (Pit Passarell:O Mundo).

Eu gosto quando estou feliz. Pode até não parecer, muitos dos meus textos são melancólicos e doloridos. Eu tenho muitos textos que não publiquei no blog, vou escrever mais tarde. Mas a felicidade é o motor de qualquer ser humano. Se isso é um pouco esquisito vendo o que eu estou escrevendo, imagina quando estou nos meus picos depressivos.

E no fundo, quem não gosta quando está feliz? Mesmo que seja difícil conseguir essa tal felicidade. Eu nao queria ser muito chata, mas esse lance de felicidade é meio subjetivo. Para mim: felicidade é ter liberdade de ir e vir. Eu fui criada com pais um pouco rígidos, então ter liberdade de andar onde eu quiser e onde eu bem entender é maravilhoso! Fiquei mega feliz quando descobri que tinha passado no vestibular. Pelo menos, ganhei um pouco mais de liberdade. Alegre

AO SOM DE: Natasha, Love Song One, Helter Skelter, TVC 15, Give in to me.

Histórias de amor…será? Sim!

Ah, o amor… Vou parafrasear Luís Vaz de Camões “amor é fogo que arde sem se ver”, sei o soneto nº 12 completo. Mas mesmo que eu curta uma história de amor, eu não curto histórias…digamos, açucaradas demais. Açúcar demais dá diabetes. E eu sou jovem demais para ter isso. Tenho uma quedinha por loucos amores e coisas do tipo.

“Quem um dia irá dizer

Que existe razão

Nas coisas feitas pelo coração?

E quem ira dizer

Que não existe razão?” (Renato Russo, Eduardo e Mônica. Editado pelas Edições Tapajós Ltda.).

Imagem(Renato Russo, Acrilic on Canvas. Editado pelas Edições Tapajós Ltda.)

Vou contar algumas historinhas de amor… Mas se você, caro leitor, está achando que vou fazer resumo de romance do Nicholas Sparks, pode parar por aí, não é a “Última Música” (que arranca lágrimas), apesar de ter música no meio. E se está achando que vai tratar de romances imaginários e irreais, é melhor procurar outro blog. Não fazemos fan-fics, só real-fics. Histórias reais de gente real. Ou surreal, depende do seu ponto de vista.

Uma história de amor que eu particularmente amo é Eduardo e Mônica. Tá, é inventada, mas foi baseada em um casal de verdade. Atualmente, os “musos inspiradores” dessa canção moram na Índia. Uma versão da música diz que antes do Eduardo e da Mônica voltarem para Brasília, os dois viajaram muito. Sabia que o Eduardo e a Mônica iam ter um casamento indiano, mas… Cadê o mar? Não tinha! Brasília não tem mar, só um laguinho, o Lago Paranoá! Então, os dois botaram o pé na estrada. Foram pra Bahia, pra Ouro Preto e pro Rio de Janeiro. E depois…todo mundo sabe. Está no disco O Trovador Solitário na versão de Eduardo e Mônica. E uma interpretação meio maluca dessa música: o Renato Russo era o Eduardo e a Mônica era uma amiga dele. Pelo que eu peguei numa entrevista, o Renato admitiu que queria ser o Eduardo da sua Mônica. Sei que parece ser meio doido, mas foi o que eu li.

Batendo na mesma tecla do melhor livro que eu li, que é cru até demais, que mete medo, blá blá blá, tem uma desinteressada história de amor. Christiane F. e Detlef W. namoravam de uma maneira bem bizarra: entre tapas e beijos, tragadas e picadas, clientes dele e clientes dela. E por causa do amor que tinham os dois escaparam de figurar em uma triste estatística: escaparam de figurar entre as 84 vítimas da heroína em Berlim Ocidental em 1977. Sim, o amor salva vidas e pode nascer em banheiros imundos, discotecas que parecem uma fedentina, estações de metrô cheias de prostitutas para todos os lados e em ruas cheias de lixo com restos de seringas.

Uma historinha que eu achei muito bonitinha desde quando eu li pela primeira vez é a de como Dinho Ouro Preto conheceu a mulher que seria mãe de seus filhos. Foi num VMB (Video Music Brasil, uma premiação da MTV Brasil) nesse caso, o de 1994. O cabra estava numa fossa: era um arsenal químico ambulante, já tinha provado de tudo e se viciado em tudo. Mas quando conheceu a arquiteta italiana Maria Cattaneo… Love, Love, Love. E olha que ela estava de casamento marcado com um cara italiano, e iria voltar para lá. Mas ele conseguiu convence-la a terminar o noivado, namorar com ele e em menos de um ano, casamento. Hoje, o Dinho tá feliz, com três filhos, e limpo há mais de 15 anos.

Outra história de amor demais é a história de amor entre Angela Bowie e Mick Jagger. Uma história lindinha, se ela não fosse casada com David Bowie, um camaleão que gosta de meninos e meninas. Na época Angela já tinha tido um filho com o David, Zoey. Angela e Mick chegaram a namorar um tempo, mas… Ela ficou tão culpada, que parou de se encontrar com o vocalista dos Stones. O Mick ficou arrasado por dentro. Chegou a compor uma música para ela: “Angie”, do disco Goats Head Soup, de 1973. E o conto de que ela pegou o Mick e o seu querido maridinho na mesma cama?!Segundo ela, ao voltar de uma viagem, enquanto ainda estava casada com David Bowie, teria o encontrado na cama com Mick Jagger. Mas Angela fez questão de afirmar que não os viu tendo uma relação sexual. Apesar de não mencionar quando o fato ocorreu, é provável que tenha sido nos anos em que o glam rock estava no auge, fase em que Bowie explorou seu visual andrógino e Jagger já era conhecido por seu apetite sexual (outubro de 1973).
No livro “Backstage Passes”, escrito por Angela e lançado em 1993, ela afirma que os dois podem ter dormido na mesma cama após uma noite de bebedeiras e uso de drogas (imagino o que os dois devem ter feito). Voltou uma manhã e foi para a cozinha fazer chá. A empregada, que havia chegado uma hora antes, avisou que havia alguém mais no quarto. Ao abrir a porta, a mulher deu de cara com Mick e David dormindo nus. Ambos acordaram. “Oh, olá, como está você?”, perguntou Bowie. “Estou bem”, respondeu Angela, oferecendo café à dupla. “Estava na cara que eles tinham transado. Nunca considerei a possibilidade contrária”, disse Angie.(Fonte: Mick Jagger e David Bowie: relação escancarada http://whiplash.net/materias/news_837/158553-rollingstones.html#ixzz2VYUv3oTS) Mas a ex-esposa de Bowie destaca que quando os encontrou naquela situação teve certeza de que eles haviam transado. Apesar de, nas suas palavras, “seus olhos não terem comprovado o que ela sentiu no coração”.
Verdade ou não, a revelação da ex-esposa de Bowie trouxe à tona novas especulações sobre quem seria a musa inspiradora de “Angie”. Desta vez, até o próprio David Bowie foi incluído na lista (OMG!) A tradução (Angie, você é linda, mas não é o momento que dissemos adeus?/Angie, eu ainda te amo, lembra-se de todas aquelas noites que choramos?/Todos os sonhos que seguramos tão firmemente pareceram evaporar-se como fumaça./Deixe-me sussurrar em seu ouvido/Angie, Angie, para onde isso vai nos conduzir a partir daqui?/Oh, Angie, não chore, todos os seus beijos continuam doce/Eu odeio essa tristeza em seu olhar/Mas Angie, Angie, não é o momento de dizer adeus).

David Bowie e sua querida ex-esposinha Angela Bowie. Data desconhecida. Será que a frase "I Fucked Mick Jagger !" é verdadeira? #Mistério
David Bowie e sua querida ex-esposinha Angela Bowie. Data desconhecida, cerca de 1972. Será que a frase “I Fucked Mick Jagger !” é verdadeira? #Mistério

Capa do disco Goats Head Soup, de 1973.
Capa do disco Goats Head Soup, de 1973.

Se você acha que o amor só nasce em coisas no estilo “Romeu e Julieta”, está redondamente enganado, caro leitor. Um sentimento tão bonito nasce em qualquer lugar. Tanto em lugares normais; como corredores, elevadores, escadas, quanto em lugares nem tão normais: banheiros imundos, premiações musicais (pelo que eu soube, Angie e Mick se conheceram em um prêmio), festinhas. Parafraseando de novo o Camões “Tão contrário a si é o mesmo amor” (vixi, essa parte é de Monte Castelo). Mea culpa.

Ao som de: “Angie”, “Acilic on Canvas”, “Eduardo e Mônica”, “Eu nunca disse Adeus”.

Vanessa Alves

A noite mais negra de todas

Estou só. Minhas irmãs estão dormindo, e os meus pais também. Estou sem sono, nada me desce.

Eu sou uma jovem de 17 anos. Sem namorado, vivo praticamente como uma celibatária. Celibatária mesmo, mas não fico em jejum e oração. Eu não tenho paciência para ser freira, falo palavrão e faço gestos obcenos mesmo.

Vou contar a minha maior decepção amorosa. Foi horrível.

Eu tive coragem para dizer a um cara que o amava e para aguentar a decepção. E o pau que rolava era “Ainda é Cedo”.Ele gostava dessa música.
Até hoje lembro da maldita mensagem de texto que ele havia me enviado. Ele disse as piores coisas da minha vida: pq vc disse isso so agora?

Fiquei com vontade de matar o cara.